terça-feira, 29 de setembro de 2009

Rescaldo

Como não podia deixar de ser é com todo o prazer que faço a minha análise aos resultados. Volto a repetir, a minha. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência, até porque eu estou sentado numa cadeira em casa e não num estúdio de televisão a receber um cache de 3.000€.

Ora vamos lá dar um pouco de seriedade a isto, que a ocasião merece. Pela primiera vez, o esforço de campanha deu resultados práticos. Será que os portugueses afinal sabem ouvir debates? Aliás, os portugueses realmente ouviram os debates? Foram influenciados pelos debates? Sim. A resposta a estas 3 perguntas é sim. Passo a explicar. O PP de PP subiu brutalmente porque o seu líder PP foi aquele que conseguiu ser mais claro durante os debates. Isto é indesmentível. Falou e as pessoas gostaram do que disse. É verdade. Nem ele tava à espera deste resultado. Substimou-se a ele próprio e ao seu partido. Foi cauteloso e humilde e as pessoas perceberam isto. Acho que PP vai a partir de agora dar mais crédito a si próprio e à capacidade de audição dos portugueses. Se não vejam que o deputado pelo círculo de Faro que conseguiram eleger nem tinha a foto disponível para as TVs. Tal foi a confiança.

O PS mostrou que têm um grande líder. Goste-se o não de Sócrates, ele é bom. É confiante, mostrou-se bem preparado nos debates, atacou e defendeu-se como pôde e por isso a desgraça não foi maior. A desgraça era iminente e não foi. Não foi mesmo. Teve um grande aliado, a máquina. A máquina partidária tá oleada e funciona. Os boys and girls que gravitam são muitos, estão lá e vivem na esperança de receber umas migalhas.

O PSD, vive um momento de desnorte puro e simples. Não se renova, não consegue passar mensagem de união. Os seus dirigentes não acreditam. Não conseguem mobilizar pessoas indecisas e não passaram, a realidade é essa, nenhuma ideia clara daquilo que podiam fazer para ajudar o país. O minimalismo não funciona na política. A falta de ideias e de força da sua líder foi gritante, muito vaga no programa e o povo soberano penalizou-os. É uma pena porque um PSD forte faz falta ao país e tem pessoas capazes que ficam na obscuridade. É urgente desmarcarem-se dos cavaquistas e entrarem numa era mais moderna, sem desprimor para Cavaco, que parece claramente mais fragilizado que nunca na cena política. Atenção! As pessoas também não querem populismo barato, como Portas já percebeu, inteligentemente.

O BE era o contrário do PP. Aquilo é que era transbordar confiança por todos os poros e mais alguns. E não era só da testa de Louça. Devo dizer também que a comunicação social andou com eles às costas. É verdade. Caíram no goto. Não me perguntem porquê. Será a beleza de Joana Amaral Dias? Realmente, comparada com Odete Santos. Nem pergunto quem é que os portugueses preferem ver na Assembleia da República, porque a resposta era óbvia. A Joana Amaral Dias ficaria melhor ao lado da Diana Chaves a apresentar o programa da SIC das paredes. Olha, troquem-na com o Marco Horácio e pode ser que a Assembleia ganhe alguma piada. O BE reforçou a votação e deve estar contente, mas agora acabou-se a papa. Com 16 deputados a responsabilidade aumenta muito, e o país pede responsabilidade, porque de brincadeiras estamos todos fartos. Trotsky viveu à quase 100 anos, não se esqueçam disso. Na altura ainda não haviam motas nas campanhas eleitorais, nem comunicação social simpática.

Em relação à CDU, nada de novo. Tudo na mesma. Os mesmo votantes, as mesmas ideias de há 100 anos. Esperem. Desculpem. A CDU, teve mais votos. Esquecia-me que os filhos dos comunistas têm de votar no partido dos país, caso contrário são comidos ao pequeno almoço. A CDU não consegue captar mais votos porque apesar de tudo a maioria das pessoas percebe que hoje em dia são as empresas que dão trabalho, criam riqueza e fazem avançar o país. Temos de abandonar a ideia de que qualquer "coitado" que abre um "negócio" e trabalha 14 horas por dia para comer e pagar aos empregados é um "patrão", "papão" e responsável pelo comodismo e preguiça de alguns.

Por fim, acho que temos de acabar com as invejas, trabalhar mais, rever as políticas sociais seriamente, pois as pessoas precisam entender que sem empresas não é possível o país avançar, pois os impostos são necessários. Um ordenado mínimo próximo do subsídio de inserção social ou de desemprego não pode ser. Temos de motivar as pessoas para o trabalho e dar apoios à actividade empresarial séria e que realmente interessa. Temos de nos unir, pois somos pequenos, para termos capacidade de penetrar noutros mercados. Não tenham medo do associativismo, das cooperativas. É normal em economia as empresas/empresários associarem-se para o bem comum. Para o ganha/ganha. Temos de acabar com a mesquinhez do "se eu não consigo, tu também não hás-de conseguir".

Até 2011. Sim porque daqui a dois anos estamos a votos outra vez.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Esmiuçando os Gato Fedorento

Os gato fedorento são realmente muito bons. Calma. Bons naquilo que a inteligência e humor diz respeito. Atrevo-me até a dizer que são os melhores que alguma vez passaram por cá. Digo isto sem pretenciosismos. Conseguem colocar toda a gente a discutir política. Conseguem criar uma onde positiva e ao mesmo tempo séria na discussão política sobre a sociedade portuguesa. Este feito parece-me o mais importante do seu programa "Esmiuça os sufrágios". É feito de uma forma inteligente. Não podia ser de outra maneira. Conseguem confrontar figuras públicas de uma forma brilhante, não ofensiva e ao mesmo tempo "esmiusante". Aliás, penso que nunca ninguém deixou os políticos portugueses tão nervosos. Nem mesmo quando estes vão à Madeira. Faço um apelo. Amigos, coloquem um aparelho medidor de pulsações e vão ver. Aquilo é upa upa. Conseguir este respeito é realmente fabuloso, para uns rapazes que ainda há bem pouco tempo tiravam macacos do nariz. Sim, porque palhaçadas sempre fizeram e continuarão a fazer. Gosto especialmente da humildade com que se intitulam em cada programa. Não penso que seja estratégico. Não creio sinceramente. É assim que se veêm.
Como "enterteiners", neste programa muito ao estilo Jon Stewart, conhecido judeu nova-iorquino que também intimida pessoas famosas, especialmente políticos amaricanos, estão mais ou menos.
Penso que o RAP está claramente a preparar-se para se candidatar a qualquer cargo político. Especialmente se a Joana Amaral Dias lhe disser que vota nele e que sai do bloco.

sábado, 19 de setembro de 2009

Recordações....


Abro neste blog as hostilidades no que concerne a fotos e afins. Nesta primeira temos uma amostra da maravilhosa Ilha de Pag - Croácia. No Verão de 2007 descobri esta maravilha. A ilha de Pag é a 2ª maior ilha da Croácia, num país com cerca de 3000, entre nano, micro, pequenas e médias ilhas, para refrasear os Gato Fedorento. Aconselho vivamente, especialmente no mês de Agosto.

Uni

O poema "A unimultiplicidade"de Tom Zé interpretado pela Ana Carolina, na minha modesta opinião, a melhor intérprete feminina da música brasileira de sempre, é simplemente maravilhoso. Entre outras coisas, diz que a unimultiplicidade é onde cada homem é sozinho a casa da humanidade. Não podia estar mais de acordo com o dito. Cada homem transporta o fardo da humanidade consigo e isso parecendo que não responsabiliza-nos a todos. A unimiltiplicidade é uma palavra que encerra um conceito que realmente faz sentido, mas que penso, é impraticável, pois o que reina é o egoísmo e a iresponsabilidade. No reino humano o conceito de prepetuação está esquecido. Parece contra natura, mas é a pura verdade. O homem é um ser "egoísta" e "falso consciente". Intelectualmente desonesto com todas as outras formas de vida e organizações sociais diferentes das suas. Num falso um por todos e todos por um. Num falso "preoucupamo-nos todos com a humanidade".
Não me preoucupo com a humanidade. Preoucupo-me isso sim com a universalidade, ou a sua inexistência, apesar deste mundo "global". A falta de consciência e de vontade da maioria das pessoas, especialmente das que governam, sobre o facto de pertencer-mos todos a algo bem maior. É necessário cultivar o "multi". Multitudo, sem medo de perder identidade, sem medo de evoluir. Foi evoluindo e mudando que chegámos onde estamos. Tou a parecer utópico. Impressionante. Eu acredito que esta é a única forma de sobrevivermos, em último caso, como espécie, pois em relação a tudo o resto, na minha opinião FALHÁMOS.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A crueldade da mãe natureza

Há trabalhos bons, trabalhos porreiros, depois há dois tipos de trabalhos que são o oposto. Um é ser fod....., a trabalhar no campo, o outro fod........., sendo deputado. Um rebenta completamente com a espinha dorsal de qualquer indivíduo que tivesse a esperança de não ter uma lurdose, espandilose ou coisa do género acabada em ose e o outro endireita a mesma, pois estar sentado a tocar num botão de vez em quando, sim porque às vezes é permitido dormir durante o acto só pode endireitar as costas e outras coisas que tais.
Alías, a jorna também é diferente. Os desgraçados que passam uma vida a carregar no botão d sentados na cadeira apenas recebem cerca de 4000€ limpos enquanto que os que andam ao ar livre e em contacto com a mãe natureza ficam-se pelos 700€. Se eu soubesse que a mãe natureza cobrava tanto pelo contacto, acho que não a tinha defendido tanto. Enfim. Entre uma espandilose e um botão eu sou mais pela primeira, pois pelo menos ganho alguma coisa, pois apertar num botão até as minhas primas de 3 meses conseguiam sem muito esforço e no meio de uma troca de fraldas.

O poder da merda

Embalado pelo meu Benfica fico com vontade de escrever umas coisas. A esta hora não sei se conseguirei escrever alguma coisa de jeito. Enfim. Acho que prefiro manter-me acordado que a dormir, não sei porque. O glorioso está bem e recomenda-se, com um timoneiro que parece saber levar o barco a bom porto, salvo seja, mas isso não é motivo suficiente para eu estar feliz. O semblante pesado da distância apresenta-se perante mim todas os dias, a toda a hora. Acho que nem o emplasto é tão aborrecido como esta coisa que pesa em cima de mim. Acompanha-me a todo o lado. Acho que à pouco, quando fui fazer a defeca da ordem também queria entrar. Parei e disse-lhe: - Houve lá! Pensas que isto é assim. Nem a cagar me deixas em paz.
Porra pá. Vai-te lá embora um pouquinho. Olha, senta-te aí à espera que eu saia. Sentadinho., que não quero que te canses.

Foi remédio santo. Caguei em paz. Apenas pensando naquele momento só meu. Só o cóco interessava. Mais nada. O poder da merda é realmente grande. Consegue levar-nos a pensar exclusivamente na força que temos de fazer durante o acto. E o alívio após. Fabuloso. Acho que nem um golo do Saviola me dá tanto prazer. Não pensamos em mais nada.
Quando saí lá estava à minha espera. Olhei-lhe de soslaio e disse-lhe: - Ainda aí tás? És teimoso. Olha és cá dos meus e uma vez que tenho de levar contigo vamos ao menos tentar conviver em tranquilidade. Vá levanta-te e vamos embora!
Até à próxima cagadela.


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Já chega

Não podia deixar de comentar o facto de que a comunicação social vive obcecada por chavões e em retirar a atenção das pessoas dos assuntos que realmente interessam. Pegaram na história da asfixia democrática e não há debate em que isso não venha à baila. Até a ilustre Judite de Sousa! Toda a gente sabe que na Madeira não se pode ser contra o Alberto João sem se ser magnata. Se o senhor da mercearia da esquina disser alguma coisa contra o homem ninguém mais lhe compra nada e lá vai mais uma empresa para a insolvência. Nisso até que o Alberto João tem razão. O homem combate os chineses e ao mesmo tempo promove os pequenos comerciantes da Madeira. Qual é a contrapartida? Não podem dizer mal do homem. As pessoas não são burras, logo, não dizem.
No continente passa-se a mesma coisa mas a um nível mais local e regional. Se és alinhado és fixe e és promovido e tal. Se não és tás tramado! Não te renovam o contrato, ficas na precariedade, não tens padrinho que te safe. Logicamente que tou a falar ao nível camarário e das empresas camarárias, porque os desgraçados das PMEs têm mais que fazer para ganhar a vida e sustentar os outros que têm sempre tempo para essas merdas todas, pois no final do mês tá lá o ordenado na conta. Uma quetão de interesse e de comodismo. O pior é que ainda se tem inveja de quem tem empresas e são muitas vezes esses os maus e ricos. Ninguém vê é que no final do mês não está lá ordenadinho. Estão contas para pagar. Por amor de Deus. Nós, os portugueses somos mesquinhos mesmo e normalmente valorizamos a porcaria em vez da excelência.
Mas isto não é de hoje e não vai acabar nunca, a menos que o homem deixe de ser quem é e se transforme noutro ser qualquer com vontade de realmente fazer o bem pela sua comunidade. Por isso, há hoje tanta asfixia democrática como havia à 30 anos atrás, ou melhor, logo a seguir ao 25 de Abril. Sim. porque isto da liberdade têm muito que se lhe diga. E mais não digo.

Por um Portugal mais democrático

Tenho ideia de que os comentadores políticos e afins têm mais importância e mais tempo de antena que os próprios candidatos. Sinceramente. Existem candidatos que ninguém conhece e nem pode, porque aparecem 5 minutos por semana na TV. Isto sim, em conjunto com o Alberto João, é asfixia democrática meus amigos. Dos comentadores toda a minha gente interessada nas eleições e nas coisas da sociedade sabe o nome. Esta gente têm poder? Muito? Concerteza que sim. São opinion makers do mais alto nível e influenciam sobremaneira as pessoas e os seus votos.
Não sou contra estes senhores e senhoras nos brindarem com a sua opinião, antes pelo contrário, é bom para a nossa democracia. Tenho é a certeza que dar mais tempo de antena a todos os reais intervenientes nas próximas eleições seria mais correcto. Era só distribuir a pose da palavra de comentadores 60%, para comentadores 40%.
Democracia também é isto.

Uma questão de prioridades

Hoje em dia muito se fala, especialmente nos debates políticos, do apoio à economia, nomeadamente às PMEs. Sem dúvida que isso é o mais importante. No entanto, não vejo ninguém a falar de uma coisa que para mim é fundamental para desenvolver o nosso país e as PMEs, a criação de clusters de excelência de produtos e serviços em que realmente somos bons, ou dos melhores. Penso que deve ser por aí que o próximo governo deve ir. Sem dúvida. Em vez de se apoiar todas as PMEs, dando dinheiro ad libidum, devem apoiar-se aquelas que têm num futuro próximo possibilidades de evoluir, crescer, criar emprego, etc. Percebermos no país e em cada uma das regiões, aquilo que lhe é característico e aproveitar isso para nos distanciarmos dos outros países. No Alentejo por exemplo, deve apostar-se em dois sectores fundamentais: agricultura (vinho e azeite principalmente) e na logística, aproveitando o novo aeroporto de Beja para exportar os nossos produtos, mais do que pensar em utilizá-lo para transportar pessoas.
Isto sim, vai desenvolver o país. Existe espaço para isso e assim desenvolver realmente as regiões, especialmente o interior, que precisa urgentemente de pessoas, de empresas e de massa crítica responsável.
Não deve existir medo por parte do governo em apostar no interior, pois só com um país forte como um todo podemos viver melhor e termos pessoas mais educadas, mais lúcidas, que por consequência vão entender as coisas que realmente lhe fazem falta. Fazer política para alguns é triste, é mesquinho, não é digno de um país com tanta história e de um povo que foi, não nos esqueçamos, o mais evoluído e global durante pelo menos 3 séculos.
Haja coragem de assumir as coisas.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Uma questão de liderança

Não queria falar de futebol neste espaço. No entanto, vejo-me obrigado a isso. O motivo meus amigos é a falta de liderança. Na selecção nacional existe uma clara falta de liderança e daí advêm sérios problemas para a mesma, especialmente para os jogadores e posteriormente para os portugueses que gostam dela. Começa o descrédito, a desconfiança e outras coisas começadas em des....que não vou agora aqui escrever. Simplesmente porque não me apetece. Bom.
A falta de liderança começa em Madaíl, que 1) Não teve mão no Scolari quando este diz que vai para o Chelsea em pleno campeonato da Europa. Ora, isto leva, quer queiram quer não, ao princípio do fim da nossa participação no Euro2008; 2) no desespero de encontrar um técnico para a selecção, escolhe Queiroz, que toda a gente sabe, é mau líder e não pode, repito, não pode ser o timoneiro de um barco destes. O homem só tem carta de bote. Madaíl fê-lo porque a comunicação social pediu. Esse monstro. Sim. Foram eles que pediram, mas o Ambrósio tomou a liberdade de o contratar. Agora eu peço. Dr. Madaíl. Sim porque eu não quero desrespeitar ninguém. Faça um favor à nação. Vá para a UEFA, ou FIFA, sim porque lá faz menos estragos que aqui. Siga o exemplo do Durão Barroso. Eles lá acham a malta tuga porreira. Tenho a certeza que lá em Genève no meio de cervejas, dos vinhos e tal, fazes um melhor trabalho que aqui. Boa Sorte.
Em relação a Queiroz, a situação é bem pior. O desgraçado foi contratado por um mau líder. Imaginem um mau líder a contratar outro mau líder para um trabalho que exige acima de tudo liderança. Porra pá. Sinceramente. Não inventem.
O Queiroz começou mal ao dar a braçadeira de capitão ao puto. O puto sim senhor é bom. É o maior, mas capitão não. Se não depois quando ele faz merda ninguém lhe pode dizer nada. O Queiroz não diz nada. O Simão foi falar ofendeu o menino. Epá. O mundial é pa homens, pá. Não é pa garotos, como dizia um grande amigo meu. Queiroz, ve lá se ao menos lês isto e te atinas. Ainda é possível. Eu sou daqueles que acredita. Não no Pai Natal. Acredito que um mau líder, às vezes pode tornar-se num ainda pior. Se não formos ao Mundial, que é o mais provável, mas aquilo que não quero, demite-te. Assume. Fica bem a um homem educado e civilizado dizer: Errei. Aqui. Ali. Acolá. Peço desculpa. Saires do pedestal é bom. Aí talvez comeces a perceber o que é liderança, pessoas e futebol. Porque de futebol tu percebes. Admito. Mas de resto amigo......
Não te esqueças que o Mundial não é para garotos.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Para Ti

A solidão já se imiscuiu nos meus pensamentos
mas nem por isso me deixo dominar por ela.
Cravo-lhe as unhas com tanta crença
que ela começa a estrebuchar. Estrebucha.
Mas as minhas unhas estão curtas. Não cresceram.
Como eu queria que as minhas unhas fossem grandes,
para enterrá-las bem na carne da solidão.
Fazê-la sangrar mais ainda.
Não estou a conseguir dominá-la.
Está a fugir-ma ao controle.
Mesmo sangrando ela vive. Tanto sangue tem!
Mesmo sangrando assim continua a imiscuir-se em mim.
Agora começa a espalhar-se pelo corpo.
Mistura. Envolve.Espiritual com Fisico. Que poderosa. Consegue.
Por isso que ela sangrou tanto e continuou. É poderosa.
Esta mistura. Esta poderosa união entre espírito e corpo;
Esta fome de enroscanço. Este desejo de se tocarem.
Espírito e Corpo. Os dois. Juntos pela Solidão.
Solidão que tu levas. Solidão que separas de mim.
Solidão que matas com a tua presença. És responsável.
Tu és responsável. Novamente separados. Espírito e Corpo.
Novamente em paz. Foste tu com a tua presença.
Estou-te grato. Imensamente grato.
Pela paz de espírito e de Corpo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A verdade da mentira

Dedico certo tempo das minhas horas enquanto estou acordado a pensar sobre a política e alguns dos seus aspectos. Honestamente nem sei porque estou a escrever sobre este tema. Não porque ache que não devemos falar sobre, antes pelo contrário, mas hoje em dia a descredibilização da política e dos seus intervenientes directos é um facto. Quero que saibam que sou complemente apartidário desde que comecei a votar, apesar de uns amigos meus na faculdade me terem inscrito por brincadeira na juventude de um partido. Por este motivo sinto-me perfeitamente à vontade para escrever sobre qualquer um deles sem problemas ou alinhamentos políticos ou partidários.
Digo-vos uma coisa. É extremamente triste a forma como se faz política em Portugal.
Nós merecemos? Pensem um pouco. Merecemos ou não merecemos estes políticos e esta política? Claro que sim.
Na minha modesta opinião porque somos pouco exigentes, pouco educados intelectualmente, isto para parar por aqui. Não quero que vão já para outro site. Porra. Não pensamos um pouco porquê? Estamos demasiado ocupados com a puta da vida. É a mais pura das verdades, mas caramba, a política é só a coisa mais importante na nossa sociedade actual. Acho que é por isso mesmo que nós não lhe damos a atenção devida. Somos burros porque não conseguimos discernir entre aquilo que seria óptimo para todos e aquilo que não presta. Falar verdade. A simples e pura verdade.
O problema é que, como na vida, ninguém diz a verdade na política. Meus amigos. Ninguém! Penso, sim, porque às vezes faço-o, que a maioria não a quer mesmo ouvi-la.
Eu quero.
Foi, ou não, este o intuito dos filósofos gregos. A verdade! Retórica é uma coisa. Mentira outra. Dialéctica outra. Faltar à verdade outra. Ocultar factos em benefício próprio outra. Estão todas, hoje, infelizmente, interligadas na política portuguesa (atrevo-me a dizer por todo o mundo, mas sem pretenciosismos).
As pessoas vivem presas nas mentiras. Dizem alguns - É mais fácil mentir para não magoar. As pessoas não querem a verdade. Querem o que lhes convém num determinado momento. Interesses meu querido. Interesses. - Quando ouço isto fico contente. Afinal o ser humano é egoísta por natureza! Só pode ser. Egoísta quando se trata de defender os seus. Sejam eles família, amigos, camaradas, partidários ou bêbados da "Casa do FCP de Boiadeiras de Baixo" quando se trata do seu vinho que não partilham com mais ninguém.
Resumindo a coisa, quando não voto em branco (para quem não sabe, é extremamente diferente do voto nulo ou da abstenção), o que raramente acontece, eu voto sempre naqueles que dizem menos mentiras. Penso eu que dizem.
Estou à espera que as coisas mudem (para isso estou a escrever) para que eu próprio me dedique a apoiar alguém politicamente e orgulhar-me das gentes do meu país. Sim, porque a política da verdade faz muita falta e neste momento nenhum dos partidos a pratica. Temos de mudar o homem? Temos. Eu digo que sim. Mudar mentalidades. Sermos realmente pelo bem estar dos outros e da comunidade como um todo e não apenas apregoar isso e depois fazermos completamente o oposto.
É nestas alturas que eu gosto de ser medieval e primitivo, pensar que pertenço a outro mundo e mesmo assim, não ter as mãos cheias de frango e a escorrer-me molho picante por elas abaixo.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pontapés

A vida leva-nos por caminhos que não imaginávamos. São vicissiitudes que por vezes são até reconfortantes, pois permitem-nos ter outra perspectiva da mesma. Logicamente que quando falo de reconfortantes me estou a referir ao nosso estado de espírito. À nossa espiritualidade. À nossa procura do bem estar emocional. Muda-nos os hábitos, muda-nos as vivências e consequentemente tornamo-nos pessoas diferentes. Neste mundo de sobrevivência global isso significa mais preparados para os problemas, para a luta diária, ou seja, para levar pontapés no cú. Quem não estiver preparado para levar pontapés no cú tá fora do mundo real. Pode encostar a um cantinho e desistir. Não será um cidadão do mundo. Não pertence a este imenso burgo humano que é o planeta Terra. Eu já levei uns quantos. Bem dados por sinal, mas ainda cá ando, a ver se com os calos me começam a fazer menos moça. Pode ser que eu dia seja eu a dar algum. Não quero, nem nunca quis magoar ninguém, e quem me conhece sabe que é verdade, mas às vezes à malta que tem falta.........