terça-feira, 24 de novembro de 2009

Pelo Alentejo

O Alentejo é acima de tudo uma região para se disfrutar. Das gentes, da paisagem, do vinho, da gastronomia. Não acredito que alguém que conheça o genuíno alentejo não fique rendido aos seus encantos. Neste momento de crise onde o Presidente da República diz que é necessário empreendedorismo existe um oásis no Alentejo. Um projecto de um operador turístico que conheci e que subscrevo inteiramente. Inovador, feito com amor e sobretudo com muita alma estes empreenderores lutam por colocar esta região no mapa turístico.

Faço aqui a minha homenagem à ALENTEJOTOURS e um bom trabalho


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Assumo

Quero assumir aqui publicamente o meu benfiquismo. Faço isso hoje porque o Benfica perdeu. Não sou sócio por mero acaso (dinheiro ou a falta dele), mas de alma dúvido que alguém sofra mais que eu quando o Benfica perde.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Viva a Espanha

As provas de que Franco queria invadir Portugal existem e são verdadeiras. Foi a última tentativa de nuestros hermanos para o fazer da forma que se fazia antigamente, pois desde o tempo da Dona Urraca que eles o tentavam. Feliz ou infelizmente para alguns não o conseguiram.
Hoje em dia as invasões já não se fazem assim por estas bandas. Agora somos "invadidos" por produtos espanhóis. Mas, naquela época também já se faziam trocas comerciais, ou não? Nós também colocamos os nossos produtos do outro lado, ou não? Esta relação de amor-ódio que tanto nos caracterizava está a terminar e se querem a minha opinião nós estamos mais presentes lá com o nosso "pessoal", do que eles cá com o deles. Aliás, são poucos os espanhóis que se destacam na sociedade portuguesa, ou que são figuras públicas, enquanto que o contrário é uma realidade inquestionável. Desde o Ronaldo a fadistas (li uma reportagem sobre a Mafalda Arnaut no el País do mês passado que me surpreendeu), a gestores, investigadores, etc. Penso que eles perderam também aquela suposta superioridade que os caracterizava em relação a nós, pois perceberam que era a maior estupidez que existia, apesar de serem bastante mais que nós e mais poderosos economicamente. Os povos não se medem assim, já dizia um antropólogo extremamente inteligente do qual não me recordo agora o nome.

Voltando aos "nuestros hermanos", pois é isso que são na realidade (genética), a maioria adoram Portugal. Visitam-nos, consomem produtos portugueses e são neste momento os turistas que mais gastam no nosso País. Aliás, Lisboa está na moda pelo mundo fora e eles são uns dos maiores frequentadores da nossa capital.

Nunca os odiei, muito menos as espanholas (namorei algumas), mas cresci com aquele sentimento de que do lado de lá as coisas eram melhores e que eles eram realmente melhores. A nossa humildade excessiva em relaçao a eles, especialmente até ao final do século, foi alimentando essa inveja mascarada de "ódio" entre as nossas gentes. Obviamente que tudo isto é fruto de séculos de competitividade e vizinhança. Sabe-se como toda a gente se comporta em relação aos seus vizinhos. Normalmente fomentamos uma relação de "amor-ódio" muito peculiar.

Para concluir, não os temo, antes pelo contrário e creio que não somos muito diferentes deles na generalidade. Vamos por isso ser parceiros e recebê-los de braços abertos no nosso maravilhoso país, pois não há nada que a gente saiba fazer melhor que receber estrangeiros.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Um sambinha para vocês

Como diria Jorge Aragão...

Paulo

Queria aqui deixar o meu apoio ao Paulo Bento e a tudo aquilo que ele representa. Honestidade, trabalho, disciplina, humildade e acima de tudo uma grande capacidade de sofrimento. Estar num clube como técnico de juniores e de repente ter de lidar com craques, não é fácil. Limpar balneários, impor-se e ganhar títulos, não é para todos, especialmente no Sporting, ou Sporter como dizia o Grande Sousa Cintra. Mereces melhor que essa casa Paulo. Força.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Hugo Chavéz e as verdades de LaPalisse

Hugo Chavéz vem dizer que até na Casa Branca se consome coca. Por favor. Eu que pensava que ele nos surpreendia sempre com o seu sentido de humor muito particular. Vam agora com uma Lapalissada. Casa Branca. Branca. Coca. Branca. Cola. Casa. São semelhanças que toda a gente já tinha percebido à muito tempo. Até parece..Sinceramente ò Chavéz. Por esta não esperava.

Há quem diga que o sentido de humor deste jocoso senhor vem do facto de ele assistir aos Gato Fedorento no satélite pirata que tem em casa. Fontes que não posso revelar disseram-me por fax que na altura do magalhães avisaram Chavéz de que uns tipos em portugal tinham mais piada que ele. Desconfiado e não convencido foi ver. Ficou fã e da última vez que veio a Portugal jantou na catedral com o RAP para aprender umas coisas. Acho que nesse dia o Glorioso até ganhou 8-1. Disseram-me. Não sei. Posso chamar a pessoa que me disse, se me lembrar. Tava muito escuro. Ou tava muito claro. Branco. Não. Escuro. 8-1. Disso lembro-me.

Deixem as pessoas casar

Parece que o Governo vai apresentar mesmo uma proposta ao Parlamento para a legalização do casamento entre homossexuais. Eu diria que finalmente no nosso País começa a terminar a asfixia sexual que tanto tem assolado a sociedade portuguesa. O casamento vai concerteza resolver todos os problemas de uma classe triste e que se sente perseguida pelo preconceito.
Por mim, deixem as pessoas casar, pois são elas e eles que dormem uns com os outros e que se aturam. Que mais é o casamento se não aturarmos as coisas uns dos outros. E o Amor? - perguntam vocês. E a amizade? E o interesse? - isso ninguém pergunta. Bom isso são contas de outro rosário. Aqui estamos a falar de governo e de homossexualidade.
O Governo deve ter pensado nos euros que vão entrar por mais uns casamentos e divórcios à boleia do pessoal homossexual. Será que foi por isso que foi criado antes o Simplex? Imaginem o que seriam as bichas (desculpem - filas) nas Conservatórias do Registo Civil. Ainda bem que temos Simplex. Afinal as coisas tem um rumo neste País. Nem tudo é feito com uma mão atrás das costas.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Reflexão

A informação de que Portugal ficará abaixo da média da UE no que diz respeito a crescimento económico não me surpreende minimamente. O contrário sim poderia fazê-lo. Não digo isto simplesmente porque sou contra o PS ou o governo de uma forma gratuita. Também vejo e acredito que nós temos "qualidade" suficiente, quer intelectual quer laboral, para produzir riqueza no nosso país e que estes números não são uma fatalidade.
Mais uma vez, penso, que o Governo deveria vir dizer aquilo que vai fazer (ou que pensa fazer) de forma clara, para se gerar riqueza neste país e consequentemente se aumentem os n.ºs e a qualidade do emprego. De uma vez por todas temos de sair desta posição incómoda em que nos encontramos, quer economica quer socialmente.
É da competência de uma governo numa democracia, por mais verde que ela seja, informar os cidadãos porque queria governar. O que pretendem fazer, agora que ganharam, para mudar? Pedirem os votos dos portugueses, não fazer nada e ainda eventualmente colocar as culpas todas na conjuntura é uma estupidez e uma irresponsabilidade.
Não sejam estupidos nem irresponsáveis!
Arrisquem, nem que seja uma vez só, a fazer diferente. Sejam ousados como foi D. Joaõ IV.

Sócrates, parece-me a mim, já aprendeu a ter medo, e isso, para um político que caminha em águas lamacentas pode ser muito perigoso.

A necessidade cria a vontade e a inteligência supera a adversidade

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Parabêns

Dou os meus parabêns à Judiciária, que segundo o Público conseguiu e muito bem desmantelar mais uma rede de tráfico de influências, favores e outras pequenas malandrices que esses senhores vinham fazendo para seu benfício próprio e em desprimor da transparência e da ordem vigente. Porque será, que estes senhores não consegue seguir as leis do mercado e da concorrência e ficam sempre à espera de favores de certas pessoas idóneas que estão no Governo, ou exercendo funções de chefia em empresas cotroladas pelo estado. Estes pobres coitados recebem pouco dinheiro de salário e por isso tornam-se presas fáceis para estes tubarões. Qualquer almocito de peixe grelhado na Charneca da Caparica faz as delícias desres modestos seres humanos. Faço desde já um apelo para que se aumentem os salários e as gratificações destes senhores, para que eles não sejam comprados por tão pouco (jantares, carros de alta cilindrada, fins de semana no Algarve, semanas em Fortaleza e outras prendinhas, como perfumes para as mulheres e bugigangas dos chineses). Se querem ser corruptos, ao menos que roubem a sério, como o Oliveira e Costa. Não existe coisa pior que bandidinhos armados em peixe graúdo.

sábado, 31 de outubro de 2009

Pensar alto

Penso que o nosso problema como povo é uma questão de mentalidade. Interessa-nos claramente dar uma imagem para o exterior daquilo que não existe no interior. Como se estivéssemos em constante estado de negação da nossa identidade e dos nossos costumes e nada interessados em mudá-los realmente, para que possamos ser iguais lá fora ao que somos cá dentro.
Uma hipócrisia que nos pode causar ainda mais danos, pois o país não desenvolve e as pessoas só se queixam e não mudam as atitudes, a forma de pensar. Nós somos dos povos que mais trabalha, mais cultiva a honestidade, mas tudo isso lá fora. No nosso país somos mesquinhos, invejosos, estamos completamente arredados da compreensão do mundo global e por isso somos irresponsáveis em relação ao nosso futuro.
Apenas se todos se juntarem para mudar o país ele muda realmente. Para quê conquistar outros domínios se não dominamos o nosso. Se não nos conseguimos erguer e caminhar sozinhos, para que queremos caminhar onde outros já caminham.
Penso que devemos aprender realmente a caminhar como povo, como país, como democracia, como cidadãos conscientes do mundo que dizemos que somos. Não podemos mais continuar a cometer os erros do passado. Erros que vêem desde o tempo do deboche das conquistas além fronteiras. Temos de produzir riqueza cá dentro, para depois poder exportá-la. Os nossos governantes precisam de assumir isso. Sem riqueza não existem melhores condições de vida. Temos de agilizar quem quer investir, quem assume riscos e não pura e simplesmente complicar a vida a quem de alguma forma quer investir no país.
Outra coisa que não fazemos é fiscalizar para onde vão realmente os dinheiros públicos, especialmente os milhões que estão a ser gastos em "formação profissional". Vamos realmente converter a sabedoria das pessoas para matérias que interessam para o futuro e não em qualquer área. A única forma do desemprego diminuir é o governo canalizar dinheiro para investir em projectos de futuro e colocar as pessoas a trabalhar neles. O estado consegue. Temos de acabar também com o estigma de que tudo o que é do estado é ruím. E isso parte do próprio estado e das políticas que são seguidas. O mercado está aí, duro, competitivo, um mundo cão, mas o estado pode ajudar, incentivando quem tem ideias e ajudando realmente (e fiscalizando depois) quem tem ideias e não tem dinheiro para as por em prática. E aqui, refiro-me claramente aos jovens que tem vontade de mudar as coisas e não podem porque não dispõem de meios para o fazer, e existem tantos, mas tantos.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Coisas de pobre

Fico muito triste com muitas das coisas que se passam no nosso país. Não com todas porque o benfica ainda me consegue dar alegrias. Caso contrário nem sei que dizer. O futebol tem esse dom de aliviar certas tristezas, especialmente nos países pobres como portugal, em que poucas coisas são motivo de orgulho. Um pouco à imagem do Brazil. Às vezes até parece que foram eles que nos colonizaram. Sinceramente, não sei se nao teria sido melhor, especialmente em termos de riqueza genética. Voltando ao futebol, que necessidade têm Portugal de andar a gastar dinheiro em candidaturas à Organização do Mundial com a Espanha. Este estigma de pobre armado em rico tem de acabar. Vamos gastar mais uns milhões só no logótipo e no dossier. Realmente nunca vi um dossier tão caro, mas deve ser mais algum estigma de pobre armado em rico. Os ricos hoje e sempre pouparam nas alturas de crise, sem medo, sem problemas de consciência. Já os pobres esbanjam, pois pensam que é o que os ricos fazem. Lá nisso nós e os brasileiros somos irmãos. No faz de conta que somos uma coisa e depois.......
Não é que o logótipo esteja feio, mas canalizar esses milhões para investir no desenvolvimento do país, especialmente nas regiões interiores do mesmo era claramente uma coisa mais inteligente, ousada, sem dúvida, quebrando com o passado, inovadora. Penso que Portugal e os seus governantes são tudo menos inovadores e inteligentes. Nós temos neste país "deja-vús" constantes de políticas sem nexo, de despesismo, de má governação dos dinheiros públicos e de um sem número de idiotices constantes. E digo-vos mais. Eu amo o futebol como um dos desportos mais interessantes do mundo e até como fenómeno cultural que arrasta multidões, mas isso não me dá o direito de ser irresponsável perante o meu país e de hipotecar o seu futuro. 2018 está logo ali e temos ainda o novo aeroporto, o TGV, que já são obras megalómanas, que se não forem complementadas com outos investimentos que as potenciem, estão condenadas ao insucesso e mais uma vez pairará a desgraça na utilização dos dinheiros de todos nós.
Por tudo isto e mais algumas coisas que não vou dizer agora; não podemos contar tudo, sou contra a candidatura de Portugal ao Mundial de futebol. Deixem os espanhóis, que são ricos a tratar disso, pois como o mundo está ainda ganhamos e aí é que as despesas vão aumentar.
Não vêem o que sucedeu ao Brasil. Começou a brincar e a oferecer bahianas e gaúchas aos júris que achando que aquilo era a sério "ofereceram" ao Brasil (país em desenvolvimento) a organização do próximo mundial 2014, há semelhança do que tinha sucedido com os dos JO de 2016. Nem imagino o que o Lula deve ter prometido aos júris dos JO, mas não deve andar longe de: 20 musas brasileiras desfilando de gola alta na ilha de Fernando de Noronha ao luar para cada um. Eu nunca me deixaria comprar, a menos que fossem 40 musas só para mim e de biquini brasileiro, porque de golas altas tou eu farto.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Rescaldo

Como não podia deixar de ser é com todo o prazer que faço a minha análise aos resultados. Volto a repetir, a minha. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência, até porque eu estou sentado numa cadeira em casa e não num estúdio de televisão a receber um cache de 3.000€.

Ora vamos lá dar um pouco de seriedade a isto, que a ocasião merece. Pela primiera vez, o esforço de campanha deu resultados práticos. Será que os portugueses afinal sabem ouvir debates? Aliás, os portugueses realmente ouviram os debates? Foram influenciados pelos debates? Sim. A resposta a estas 3 perguntas é sim. Passo a explicar. O PP de PP subiu brutalmente porque o seu líder PP foi aquele que conseguiu ser mais claro durante os debates. Isto é indesmentível. Falou e as pessoas gostaram do que disse. É verdade. Nem ele tava à espera deste resultado. Substimou-se a ele próprio e ao seu partido. Foi cauteloso e humilde e as pessoas perceberam isto. Acho que PP vai a partir de agora dar mais crédito a si próprio e à capacidade de audição dos portugueses. Se não vejam que o deputado pelo círculo de Faro que conseguiram eleger nem tinha a foto disponível para as TVs. Tal foi a confiança.

O PS mostrou que têm um grande líder. Goste-se o não de Sócrates, ele é bom. É confiante, mostrou-se bem preparado nos debates, atacou e defendeu-se como pôde e por isso a desgraça não foi maior. A desgraça era iminente e não foi. Não foi mesmo. Teve um grande aliado, a máquina. A máquina partidária tá oleada e funciona. Os boys and girls que gravitam são muitos, estão lá e vivem na esperança de receber umas migalhas.

O PSD, vive um momento de desnorte puro e simples. Não se renova, não consegue passar mensagem de união. Os seus dirigentes não acreditam. Não conseguem mobilizar pessoas indecisas e não passaram, a realidade é essa, nenhuma ideia clara daquilo que podiam fazer para ajudar o país. O minimalismo não funciona na política. A falta de ideias e de força da sua líder foi gritante, muito vaga no programa e o povo soberano penalizou-os. É uma pena porque um PSD forte faz falta ao país e tem pessoas capazes que ficam na obscuridade. É urgente desmarcarem-se dos cavaquistas e entrarem numa era mais moderna, sem desprimor para Cavaco, que parece claramente mais fragilizado que nunca na cena política. Atenção! As pessoas também não querem populismo barato, como Portas já percebeu, inteligentemente.

O BE era o contrário do PP. Aquilo é que era transbordar confiança por todos os poros e mais alguns. E não era só da testa de Louça. Devo dizer também que a comunicação social andou com eles às costas. É verdade. Caíram no goto. Não me perguntem porquê. Será a beleza de Joana Amaral Dias? Realmente, comparada com Odete Santos. Nem pergunto quem é que os portugueses preferem ver na Assembleia da República, porque a resposta era óbvia. A Joana Amaral Dias ficaria melhor ao lado da Diana Chaves a apresentar o programa da SIC das paredes. Olha, troquem-na com o Marco Horácio e pode ser que a Assembleia ganhe alguma piada. O BE reforçou a votação e deve estar contente, mas agora acabou-se a papa. Com 16 deputados a responsabilidade aumenta muito, e o país pede responsabilidade, porque de brincadeiras estamos todos fartos. Trotsky viveu à quase 100 anos, não se esqueçam disso. Na altura ainda não haviam motas nas campanhas eleitorais, nem comunicação social simpática.

Em relação à CDU, nada de novo. Tudo na mesma. Os mesmo votantes, as mesmas ideias de há 100 anos. Esperem. Desculpem. A CDU, teve mais votos. Esquecia-me que os filhos dos comunistas têm de votar no partido dos país, caso contrário são comidos ao pequeno almoço. A CDU não consegue captar mais votos porque apesar de tudo a maioria das pessoas percebe que hoje em dia são as empresas que dão trabalho, criam riqueza e fazem avançar o país. Temos de abandonar a ideia de que qualquer "coitado" que abre um "negócio" e trabalha 14 horas por dia para comer e pagar aos empregados é um "patrão", "papão" e responsável pelo comodismo e preguiça de alguns.

Por fim, acho que temos de acabar com as invejas, trabalhar mais, rever as políticas sociais seriamente, pois as pessoas precisam entender que sem empresas não é possível o país avançar, pois os impostos são necessários. Um ordenado mínimo próximo do subsídio de inserção social ou de desemprego não pode ser. Temos de motivar as pessoas para o trabalho e dar apoios à actividade empresarial séria e que realmente interessa. Temos de nos unir, pois somos pequenos, para termos capacidade de penetrar noutros mercados. Não tenham medo do associativismo, das cooperativas. É normal em economia as empresas/empresários associarem-se para o bem comum. Para o ganha/ganha. Temos de acabar com a mesquinhez do "se eu não consigo, tu também não hás-de conseguir".

Até 2011. Sim porque daqui a dois anos estamos a votos outra vez.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Esmiuçando os Gato Fedorento

Os gato fedorento são realmente muito bons. Calma. Bons naquilo que a inteligência e humor diz respeito. Atrevo-me até a dizer que são os melhores que alguma vez passaram por cá. Digo isto sem pretenciosismos. Conseguem colocar toda a gente a discutir política. Conseguem criar uma onde positiva e ao mesmo tempo séria na discussão política sobre a sociedade portuguesa. Este feito parece-me o mais importante do seu programa "Esmiuça os sufrágios". É feito de uma forma inteligente. Não podia ser de outra maneira. Conseguem confrontar figuras públicas de uma forma brilhante, não ofensiva e ao mesmo tempo "esmiusante". Aliás, penso que nunca ninguém deixou os políticos portugueses tão nervosos. Nem mesmo quando estes vão à Madeira. Faço um apelo. Amigos, coloquem um aparelho medidor de pulsações e vão ver. Aquilo é upa upa. Conseguir este respeito é realmente fabuloso, para uns rapazes que ainda há bem pouco tempo tiravam macacos do nariz. Sim, porque palhaçadas sempre fizeram e continuarão a fazer. Gosto especialmente da humildade com que se intitulam em cada programa. Não penso que seja estratégico. Não creio sinceramente. É assim que se veêm.
Como "enterteiners", neste programa muito ao estilo Jon Stewart, conhecido judeu nova-iorquino que também intimida pessoas famosas, especialmente políticos amaricanos, estão mais ou menos.
Penso que o RAP está claramente a preparar-se para se candidatar a qualquer cargo político. Especialmente se a Joana Amaral Dias lhe disser que vota nele e que sai do bloco.

sábado, 19 de setembro de 2009

Recordações....


Abro neste blog as hostilidades no que concerne a fotos e afins. Nesta primeira temos uma amostra da maravilhosa Ilha de Pag - Croácia. No Verão de 2007 descobri esta maravilha. A ilha de Pag é a 2ª maior ilha da Croácia, num país com cerca de 3000, entre nano, micro, pequenas e médias ilhas, para refrasear os Gato Fedorento. Aconselho vivamente, especialmente no mês de Agosto.

Uni

O poema "A unimultiplicidade"de Tom Zé interpretado pela Ana Carolina, na minha modesta opinião, a melhor intérprete feminina da música brasileira de sempre, é simplemente maravilhoso. Entre outras coisas, diz que a unimultiplicidade é onde cada homem é sozinho a casa da humanidade. Não podia estar mais de acordo com o dito. Cada homem transporta o fardo da humanidade consigo e isso parecendo que não responsabiliza-nos a todos. A unimiltiplicidade é uma palavra que encerra um conceito que realmente faz sentido, mas que penso, é impraticável, pois o que reina é o egoísmo e a iresponsabilidade. No reino humano o conceito de prepetuação está esquecido. Parece contra natura, mas é a pura verdade. O homem é um ser "egoísta" e "falso consciente". Intelectualmente desonesto com todas as outras formas de vida e organizações sociais diferentes das suas. Num falso um por todos e todos por um. Num falso "preoucupamo-nos todos com a humanidade".
Não me preoucupo com a humanidade. Preoucupo-me isso sim com a universalidade, ou a sua inexistência, apesar deste mundo "global". A falta de consciência e de vontade da maioria das pessoas, especialmente das que governam, sobre o facto de pertencer-mos todos a algo bem maior. É necessário cultivar o "multi". Multitudo, sem medo de perder identidade, sem medo de evoluir. Foi evoluindo e mudando que chegámos onde estamos. Tou a parecer utópico. Impressionante. Eu acredito que esta é a única forma de sobrevivermos, em último caso, como espécie, pois em relação a tudo o resto, na minha opinião FALHÁMOS.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A crueldade da mãe natureza

Há trabalhos bons, trabalhos porreiros, depois há dois tipos de trabalhos que são o oposto. Um é ser fod....., a trabalhar no campo, o outro fod........., sendo deputado. Um rebenta completamente com a espinha dorsal de qualquer indivíduo que tivesse a esperança de não ter uma lurdose, espandilose ou coisa do género acabada em ose e o outro endireita a mesma, pois estar sentado a tocar num botão de vez em quando, sim porque às vezes é permitido dormir durante o acto só pode endireitar as costas e outras coisas que tais.
Alías, a jorna também é diferente. Os desgraçados que passam uma vida a carregar no botão d sentados na cadeira apenas recebem cerca de 4000€ limpos enquanto que os que andam ao ar livre e em contacto com a mãe natureza ficam-se pelos 700€. Se eu soubesse que a mãe natureza cobrava tanto pelo contacto, acho que não a tinha defendido tanto. Enfim. Entre uma espandilose e um botão eu sou mais pela primeira, pois pelo menos ganho alguma coisa, pois apertar num botão até as minhas primas de 3 meses conseguiam sem muito esforço e no meio de uma troca de fraldas.

O poder da merda

Embalado pelo meu Benfica fico com vontade de escrever umas coisas. A esta hora não sei se conseguirei escrever alguma coisa de jeito. Enfim. Acho que prefiro manter-me acordado que a dormir, não sei porque. O glorioso está bem e recomenda-se, com um timoneiro que parece saber levar o barco a bom porto, salvo seja, mas isso não é motivo suficiente para eu estar feliz. O semblante pesado da distância apresenta-se perante mim todas os dias, a toda a hora. Acho que nem o emplasto é tão aborrecido como esta coisa que pesa em cima de mim. Acompanha-me a todo o lado. Acho que à pouco, quando fui fazer a defeca da ordem também queria entrar. Parei e disse-lhe: - Houve lá! Pensas que isto é assim. Nem a cagar me deixas em paz.
Porra pá. Vai-te lá embora um pouquinho. Olha, senta-te aí à espera que eu saia. Sentadinho., que não quero que te canses.

Foi remédio santo. Caguei em paz. Apenas pensando naquele momento só meu. Só o cóco interessava. Mais nada. O poder da merda é realmente grande. Consegue levar-nos a pensar exclusivamente na força que temos de fazer durante o acto. E o alívio após. Fabuloso. Acho que nem um golo do Saviola me dá tanto prazer. Não pensamos em mais nada.
Quando saí lá estava à minha espera. Olhei-lhe de soslaio e disse-lhe: - Ainda aí tás? És teimoso. Olha és cá dos meus e uma vez que tenho de levar contigo vamos ao menos tentar conviver em tranquilidade. Vá levanta-te e vamos embora!
Até à próxima cagadela.


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Já chega

Não podia deixar de comentar o facto de que a comunicação social vive obcecada por chavões e em retirar a atenção das pessoas dos assuntos que realmente interessam. Pegaram na história da asfixia democrática e não há debate em que isso não venha à baila. Até a ilustre Judite de Sousa! Toda a gente sabe que na Madeira não se pode ser contra o Alberto João sem se ser magnata. Se o senhor da mercearia da esquina disser alguma coisa contra o homem ninguém mais lhe compra nada e lá vai mais uma empresa para a insolvência. Nisso até que o Alberto João tem razão. O homem combate os chineses e ao mesmo tempo promove os pequenos comerciantes da Madeira. Qual é a contrapartida? Não podem dizer mal do homem. As pessoas não são burras, logo, não dizem.
No continente passa-se a mesma coisa mas a um nível mais local e regional. Se és alinhado és fixe e és promovido e tal. Se não és tás tramado! Não te renovam o contrato, ficas na precariedade, não tens padrinho que te safe. Logicamente que tou a falar ao nível camarário e das empresas camarárias, porque os desgraçados das PMEs têm mais que fazer para ganhar a vida e sustentar os outros que têm sempre tempo para essas merdas todas, pois no final do mês tá lá o ordenado na conta. Uma quetão de interesse e de comodismo. O pior é que ainda se tem inveja de quem tem empresas e são muitas vezes esses os maus e ricos. Ninguém vê é que no final do mês não está lá ordenadinho. Estão contas para pagar. Por amor de Deus. Nós, os portugueses somos mesquinhos mesmo e normalmente valorizamos a porcaria em vez da excelência.
Mas isto não é de hoje e não vai acabar nunca, a menos que o homem deixe de ser quem é e se transforme noutro ser qualquer com vontade de realmente fazer o bem pela sua comunidade. Por isso, há hoje tanta asfixia democrática como havia à 30 anos atrás, ou melhor, logo a seguir ao 25 de Abril. Sim. porque isto da liberdade têm muito que se lhe diga. E mais não digo.

Por um Portugal mais democrático

Tenho ideia de que os comentadores políticos e afins têm mais importância e mais tempo de antena que os próprios candidatos. Sinceramente. Existem candidatos que ninguém conhece e nem pode, porque aparecem 5 minutos por semana na TV. Isto sim, em conjunto com o Alberto João, é asfixia democrática meus amigos. Dos comentadores toda a minha gente interessada nas eleições e nas coisas da sociedade sabe o nome. Esta gente têm poder? Muito? Concerteza que sim. São opinion makers do mais alto nível e influenciam sobremaneira as pessoas e os seus votos.
Não sou contra estes senhores e senhoras nos brindarem com a sua opinião, antes pelo contrário, é bom para a nossa democracia. Tenho é a certeza que dar mais tempo de antena a todos os reais intervenientes nas próximas eleições seria mais correcto. Era só distribuir a pose da palavra de comentadores 60%, para comentadores 40%.
Democracia também é isto.

Uma questão de prioridades

Hoje em dia muito se fala, especialmente nos debates políticos, do apoio à economia, nomeadamente às PMEs. Sem dúvida que isso é o mais importante. No entanto, não vejo ninguém a falar de uma coisa que para mim é fundamental para desenvolver o nosso país e as PMEs, a criação de clusters de excelência de produtos e serviços em que realmente somos bons, ou dos melhores. Penso que deve ser por aí que o próximo governo deve ir. Sem dúvida. Em vez de se apoiar todas as PMEs, dando dinheiro ad libidum, devem apoiar-se aquelas que têm num futuro próximo possibilidades de evoluir, crescer, criar emprego, etc. Percebermos no país e em cada uma das regiões, aquilo que lhe é característico e aproveitar isso para nos distanciarmos dos outros países. No Alentejo por exemplo, deve apostar-se em dois sectores fundamentais: agricultura (vinho e azeite principalmente) e na logística, aproveitando o novo aeroporto de Beja para exportar os nossos produtos, mais do que pensar em utilizá-lo para transportar pessoas.
Isto sim, vai desenvolver o país. Existe espaço para isso e assim desenvolver realmente as regiões, especialmente o interior, que precisa urgentemente de pessoas, de empresas e de massa crítica responsável.
Não deve existir medo por parte do governo em apostar no interior, pois só com um país forte como um todo podemos viver melhor e termos pessoas mais educadas, mais lúcidas, que por consequência vão entender as coisas que realmente lhe fazem falta. Fazer política para alguns é triste, é mesquinho, não é digno de um país com tanta história e de um povo que foi, não nos esqueçamos, o mais evoluído e global durante pelo menos 3 séculos.
Haja coragem de assumir as coisas.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Uma questão de liderança

Não queria falar de futebol neste espaço. No entanto, vejo-me obrigado a isso. O motivo meus amigos é a falta de liderança. Na selecção nacional existe uma clara falta de liderança e daí advêm sérios problemas para a mesma, especialmente para os jogadores e posteriormente para os portugueses que gostam dela. Começa o descrédito, a desconfiança e outras coisas começadas em des....que não vou agora aqui escrever. Simplesmente porque não me apetece. Bom.
A falta de liderança começa em Madaíl, que 1) Não teve mão no Scolari quando este diz que vai para o Chelsea em pleno campeonato da Europa. Ora, isto leva, quer queiram quer não, ao princípio do fim da nossa participação no Euro2008; 2) no desespero de encontrar um técnico para a selecção, escolhe Queiroz, que toda a gente sabe, é mau líder e não pode, repito, não pode ser o timoneiro de um barco destes. O homem só tem carta de bote. Madaíl fê-lo porque a comunicação social pediu. Esse monstro. Sim. Foram eles que pediram, mas o Ambrósio tomou a liberdade de o contratar. Agora eu peço. Dr. Madaíl. Sim porque eu não quero desrespeitar ninguém. Faça um favor à nação. Vá para a UEFA, ou FIFA, sim porque lá faz menos estragos que aqui. Siga o exemplo do Durão Barroso. Eles lá acham a malta tuga porreira. Tenho a certeza que lá em Genève no meio de cervejas, dos vinhos e tal, fazes um melhor trabalho que aqui. Boa Sorte.
Em relação a Queiroz, a situação é bem pior. O desgraçado foi contratado por um mau líder. Imaginem um mau líder a contratar outro mau líder para um trabalho que exige acima de tudo liderança. Porra pá. Sinceramente. Não inventem.
O Queiroz começou mal ao dar a braçadeira de capitão ao puto. O puto sim senhor é bom. É o maior, mas capitão não. Se não depois quando ele faz merda ninguém lhe pode dizer nada. O Queiroz não diz nada. O Simão foi falar ofendeu o menino. Epá. O mundial é pa homens, pá. Não é pa garotos, como dizia um grande amigo meu. Queiroz, ve lá se ao menos lês isto e te atinas. Ainda é possível. Eu sou daqueles que acredita. Não no Pai Natal. Acredito que um mau líder, às vezes pode tornar-se num ainda pior. Se não formos ao Mundial, que é o mais provável, mas aquilo que não quero, demite-te. Assume. Fica bem a um homem educado e civilizado dizer: Errei. Aqui. Ali. Acolá. Peço desculpa. Saires do pedestal é bom. Aí talvez comeces a perceber o que é liderança, pessoas e futebol. Porque de futebol tu percebes. Admito. Mas de resto amigo......
Não te esqueças que o Mundial não é para garotos.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Para Ti

A solidão já se imiscuiu nos meus pensamentos
mas nem por isso me deixo dominar por ela.
Cravo-lhe as unhas com tanta crença
que ela começa a estrebuchar. Estrebucha.
Mas as minhas unhas estão curtas. Não cresceram.
Como eu queria que as minhas unhas fossem grandes,
para enterrá-las bem na carne da solidão.
Fazê-la sangrar mais ainda.
Não estou a conseguir dominá-la.
Está a fugir-ma ao controle.
Mesmo sangrando ela vive. Tanto sangue tem!
Mesmo sangrando assim continua a imiscuir-se em mim.
Agora começa a espalhar-se pelo corpo.
Mistura. Envolve.Espiritual com Fisico. Que poderosa. Consegue.
Por isso que ela sangrou tanto e continuou. É poderosa.
Esta mistura. Esta poderosa união entre espírito e corpo;
Esta fome de enroscanço. Este desejo de se tocarem.
Espírito e Corpo. Os dois. Juntos pela Solidão.
Solidão que tu levas. Solidão que separas de mim.
Solidão que matas com a tua presença. És responsável.
Tu és responsável. Novamente separados. Espírito e Corpo.
Novamente em paz. Foste tu com a tua presença.
Estou-te grato. Imensamente grato.
Pela paz de espírito e de Corpo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A verdade da mentira

Dedico certo tempo das minhas horas enquanto estou acordado a pensar sobre a política e alguns dos seus aspectos. Honestamente nem sei porque estou a escrever sobre este tema. Não porque ache que não devemos falar sobre, antes pelo contrário, mas hoje em dia a descredibilização da política e dos seus intervenientes directos é um facto. Quero que saibam que sou complemente apartidário desde que comecei a votar, apesar de uns amigos meus na faculdade me terem inscrito por brincadeira na juventude de um partido. Por este motivo sinto-me perfeitamente à vontade para escrever sobre qualquer um deles sem problemas ou alinhamentos políticos ou partidários.
Digo-vos uma coisa. É extremamente triste a forma como se faz política em Portugal.
Nós merecemos? Pensem um pouco. Merecemos ou não merecemos estes políticos e esta política? Claro que sim.
Na minha modesta opinião porque somos pouco exigentes, pouco educados intelectualmente, isto para parar por aqui. Não quero que vão já para outro site. Porra. Não pensamos um pouco porquê? Estamos demasiado ocupados com a puta da vida. É a mais pura das verdades, mas caramba, a política é só a coisa mais importante na nossa sociedade actual. Acho que é por isso mesmo que nós não lhe damos a atenção devida. Somos burros porque não conseguimos discernir entre aquilo que seria óptimo para todos e aquilo que não presta. Falar verdade. A simples e pura verdade.
O problema é que, como na vida, ninguém diz a verdade na política. Meus amigos. Ninguém! Penso, sim, porque às vezes faço-o, que a maioria não a quer mesmo ouvi-la.
Eu quero.
Foi, ou não, este o intuito dos filósofos gregos. A verdade! Retórica é uma coisa. Mentira outra. Dialéctica outra. Faltar à verdade outra. Ocultar factos em benefício próprio outra. Estão todas, hoje, infelizmente, interligadas na política portuguesa (atrevo-me a dizer por todo o mundo, mas sem pretenciosismos).
As pessoas vivem presas nas mentiras. Dizem alguns - É mais fácil mentir para não magoar. As pessoas não querem a verdade. Querem o que lhes convém num determinado momento. Interesses meu querido. Interesses. - Quando ouço isto fico contente. Afinal o ser humano é egoísta por natureza! Só pode ser. Egoísta quando se trata de defender os seus. Sejam eles família, amigos, camaradas, partidários ou bêbados da "Casa do FCP de Boiadeiras de Baixo" quando se trata do seu vinho que não partilham com mais ninguém.
Resumindo a coisa, quando não voto em branco (para quem não sabe, é extremamente diferente do voto nulo ou da abstenção), o que raramente acontece, eu voto sempre naqueles que dizem menos mentiras. Penso eu que dizem.
Estou à espera que as coisas mudem (para isso estou a escrever) para que eu próprio me dedique a apoiar alguém politicamente e orgulhar-me das gentes do meu país. Sim, porque a política da verdade faz muita falta e neste momento nenhum dos partidos a pratica. Temos de mudar o homem? Temos. Eu digo que sim. Mudar mentalidades. Sermos realmente pelo bem estar dos outros e da comunidade como um todo e não apenas apregoar isso e depois fazermos completamente o oposto.
É nestas alturas que eu gosto de ser medieval e primitivo, pensar que pertenço a outro mundo e mesmo assim, não ter as mãos cheias de frango e a escorrer-me molho picante por elas abaixo.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pontapés

A vida leva-nos por caminhos que não imaginávamos. São vicissiitudes que por vezes são até reconfortantes, pois permitem-nos ter outra perspectiva da mesma. Logicamente que quando falo de reconfortantes me estou a referir ao nosso estado de espírito. À nossa espiritualidade. À nossa procura do bem estar emocional. Muda-nos os hábitos, muda-nos as vivências e consequentemente tornamo-nos pessoas diferentes. Neste mundo de sobrevivência global isso significa mais preparados para os problemas, para a luta diária, ou seja, para levar pontapés no cú. Quem não estiver preparado para levar pontapés no cú tá fora do mundo real. Pode encostar a um cantinho e desistir. Não será um cidadão do mundo. Não pertence a este imenso burgo humano que é o planeta Terra. Eu já levei uns quantos. Bem dados por sinal, mas ainda cá ando, a ver se com os calos me começam a fazer menos moça. Pode ser que eu dia seja eu a dar algum. Não quero, nem nunca quis magoar ninguém, e quem me conhece sabe que é verdade, mas às vezes à malta que tem falta.........

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A batalha da vida

A obscuridade na procura da felicidade é uma coisa que afecta algumas pessoas. Digo algumas pessoas porque não sou pretencioso no que concerne a este tema e muito menos em relação aquilo que as pessoas procuram nas suas vidas. Isto tudo partindo do princípio de que as pessoas procuram alguma coisa, a felicidade é possivelmente aquilo mais almejado na vida.
Não vou aqui tentar explicar a felicidade, mas relativizá-la ao individualismos e egoísmo puros. Sim, porque essa coisa de ser feliz tem muito pouco a ver com os outros e mais connosco como seres humanos, ou não? Eu não posso ser feliz apenas fazendo os outros sentirem-se felizes? Posso. Durante quanto tempo? Uns momentos? Umas horas? Partindo do principio que a felicidade deve ser um estado permanente, penso que não é possível sermos felizes apenas fazendo os outros felizes. Por isso é mais fácil desistirem dessa ideia e individualizarem-na. Serão mais felizes.
Se procuram a felicidade têm de entrar no mundo da incerteza, da procura constante e da infelicidade. Não se pode ser feliz sem se ser infeliz. Temos de saber chorar para poder rir com gosto. Temos de provar o amargo do perder para saborear o doce das vitórias. Saborear a felicidade, lamber momentos fugazes de extase despertam em nós os instintos mais puros, mais intensos. São momentos que sabem a vida e que fazem a nossa existência ter sentido. Entender isto, é por assim dizer, começar a gatinhar nos mundos obscuros dessa procura constante que é ser feliz em todos os momentos. É começar a querer usufruir desses momentos o máximo de tempo possível e é esse um dos segredos para melhor ganharmos a batalha da vida.
Eu vou gatinhando.......

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

É disto que o meu povo gosta

Cheguei a uma conclusão. Eventualmente sem sentido, ou disparatada, mas é uma conclusão. Nós somos todos um pouco medievais, ou primitivos, ou então gostamos daquilo que os nossos antepassados já gostavam, o que vai dar ao mesmo. É lá. Então não evoluímos? Calma. Evoluímos ou não? Socialmente, ao menos? Eu penso que não.
Vou aprofundar um bocadinho, digo eu, porque se perguntaram ao meu pai, ele nega veementemente qualquer aprofundamento, dizendo que eu sou uma pessoa superficial. "Tu não vais ou fundo das questões. Gostas de mandar umas bocas!"
Realmente ao mando umas bocas, mas alto lá! Eu fundamento as minhas bocas! Pode ser uma fundamentação completamente errada. Concordo. Mas que fundamento, lá isso fundamento. Sempre que chega o Verão, é ver as romarias de pessoas (e cães) para as chamadas festas medievais. A malta quer beber pelas canecas de barro até escorrer cerveja, ou vinho, pela T-shirt das "Festas de Nossa Senhora da Aparição". Comer com as mãos é uma necessidade para qualquer uma destas criaturas, pois temos de fazer como antigamente. Como os Romanos. Sim, porque duas coisas são certas hoje em dia. Todos nós portugueses temos alguma coisa a ver com o Alentejo e a outra é que fomos colonizados pelos Romanos durante uns 600 anos. Caso contrário para quê comer com as mãos. Sujar as unhas e depois ter de as sugar. Aquele sabor delicioso a frango a escorrer pelas mãos abaixo. Aí a gripe A já não mete medo; estamos a comer franguinho com as maõs. Querem mais exemplos de não evolução. As pessoas nesssas festas andam vestidas com vestes antigas. Bonitas por sinal. Não digo o contrário, mas são ridículas. São ou não são?
Mas vou confessar uma coisa. Adoro ser primitivo, ser medieval e ter frango a escorrer pelas mãos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Fomentando novos hábitos

A gripe A, nome realmente interessante, pois na minha modesta opinião esta estirpe do vírus da gripe devia chamar-se Gripe O, está, já há algum tempo a dominar as conversas banais dos comuns portugueses.
Habitualmente, as pessoas que não tem nada para dizer usam expressões como " O dia hoje está bom, solinho." e agora, devido a este fenómeno usam "Já viu bem esta gripe. Muito chato. Já agora! Já tem máscara? Olhe tenho uma lá em casa girissíma, verde e branca."
Penso que, um suposto problema real de saúde pública, deve levar as pessoas a dialogar sobre ele. Até aí tudo bem. Mas a discussão acaba, como sempre, a descambar para factos de menor importância, como a máscara, e as suas características.
Excusado será dizer que os "Senhores das Máscaras", como já são conhecidos os atenciosos funcionários dos locais de vendas desses indispensáveis utensílios para a integridade física dos portugueses, estão radiantes. Não, obviamente com o excesso de trabalho e de vezes que dizem "Já pedimos mais, porque só ontem vendi 100.000 para a comunidade cígana do Alentejo". Quando ouvi isto pensei "Bem, um acto altruísta destes, entre uma comunidade destas, merecia aplausos veementes de toda uma sociedade", mas depois de 10 segundos voltei-me para mim mesmo e decidi pesquisar. Será que o Alentejo tem tantos? Fui informar-me, como cidadão que acha que deve andar informado e que adora números. O Alentejo tem 10.000, ou seja, aproximadamente 2,5% da população residente. Alto lá. Afinal, estes senhores compraram as máscaras mas para fazer negócio. Fiquei triste! Muito triste! Não por agora as máscaras custarem mais caras e virem com cheiro a fumo e courato, mas porque demorei mais de 10 segundos para me convencer de que tão heróico acto pudesse vir dessa banda.
Mas os homens estão certos e penso até que José Sócrates devia usar o QREN para apoiar uma iniciativa como esta de criação de riqueza para uma comunidade local e de investimento em novos negócios. Meus amigos e inimigos também, porque eu não discrimino ninguém, há que louvar pessoas com visão empresarial.
Aliás, esta gripe está a ser uma grande Oportunidade para a fomentação de novos hábitos.
Agora, cada um escolhe os seus, e os meus seguramente não serão andar com uma máscara ridícula a apregoar a desgraça iminente.

domingo, 19 de julho de 2009

Uma questão de ......

A doação de orgãos é na minha opinião, logicamente, uma das áreas da reciclagem mais interesantes. Sim. Não passa disso mesmo. Não tenho problemas de consciência ao afirmá-lo deste modo. Não estou neste momento com juízos de moral e apenas constatando um facto. Mesmo tratando-se de reciclagem humana, não deixa de ser reciclagem. Uma reutilização de orgãos de outros seres da mesma espécie, para o prolongar de uma vida de um deles, que aparentemente ia terminar muito mais cedo. Sendo obviamente um altruísmo de louvar, ou apenas, uma forma de ajudarmos um conspecífico que necessita de viver mais. Eu pergunto: Para quê? A maioria destes indivíduos já nem vai reproduzir-se. Então porquê? Para quê este acto de altruísmo barato de toda uma "sociedade humana", se é que se pode chamar assim à consciêntização humana como um todo. Aliás, do ponto de vista genético não vem acrescentar nada à "pool genética" humana. Para encher o planeta de seres humanos? Com que objectivo? Dominar o planeta? Pensei que já o fizéssemos..... Já o fazemos, não é. Estamos então mais uma vez a contrariar a Natureza no seu processo de selecção natural, sem qualquer valor evolutivo.
Continuo sem perceber então qual é o objectivo intrínseco a este gesto tão nobre e belo por parte da humanidade. "Vamos ajudar quem precisa, porque um dia nós podemos precisar" - então não á altruismo. Parece-me mais egoismo. Um egoísmo social. Apenas e só porque um dia podemos vir a precisar, porque se não, não interessava nada esta história da doação de orgãos. Quem morre, morre. Aliás, não existe o céu? Então qual é o problema de morrer mais cedo. Para quê essa gula de viver mais uns minutos, dias, meses, anos?
Uma questão de humanidade, de falta de fé e espiritualidade ou apenas de vaidade biólogica?
Nós portugueses somos dos que mais doam orgãos. Interesante no mínimo.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Desafiando o Tempo

Queria apenas chegar ao conforto dos meus lençois. Existe sítio mais nosso que os nossos próprios lençois? Desejava chegar. Finalmente puder descansar. Ficar novamente livre de todo o mal; de todas as ruins contingências da vida. Sejam elas quais forem! Contava os minutos desesperadamente lançando ao mesmo tempo escárnio nesse monstro que é o tempo. - Porra, nunca mais passa! MALDITO TEMPO que nos sufoca diariamente, num quotidiano frenético e que obriga qualquer ser responsável a mendigar ao MONSTRO.
Enquanto uns pedem "Dá-me mais uns minutinhos", se estão com a pessoa amada e não querem se despedir, outros não querem mais. Não querem nada com ele. Sou eu agora. Não quero nada contigo ouviste. Nada. Esquece-me. Só quero ir para o meu reduto interdito a mais formas de vida. Só quero chegar ao conforto dos lençois. Limpos. Macios. Estão à minha espera para me confortar. Neste momento só eles podem me confortar. São tudo aquilo que quero. Não reclamam. Nunca! Nós, pelo contrário rara é a noite em que álem de confidentes queremos que estejam quentes. Ali, quentinhos. Sabem tão bem. Que sentimento mais egoísta não pode haver. Confidentes e ainda por cima quentes, sim têm de estar quentinhos. Nunca estamos contentes com eles. Nunca estão suficientemente quentes. Somos assim. Insaciáveis. Nunca estamos contente com o pedaço de pão que nos coube. Não estamos contentes com a água que nos chega ao bucho. Filhos da mãe estes seres humanos. Gentinha. Somos todos gentinha. Deve ser por isso que procuramos Deus. Outro MONSTRO. Este monstro é perfeito, sim, porque nós, nunca o seremos, nunca. Por isso o idolatramos e tememos tanto. Porque ele é perfeito. Por isso andamos sempre a mendigar-lhe qualquer coisa e vamos descarregar as nossas iras nos pobres lençois.
Eu! Eu estou neste momento mendigando: - Por amor de Deus quero os meus lençois. Mendigo aos dois monstros um pouco de clemência.
- Quero os meus confidentes, brancos, limpos e quentes lençois. Por favor. Faço qualquer coisa.
Sou exigente. Quero o bolo todo. Sinto-me mal. Quem não chora não ouve Deus. Porra! Eu mereço clemência. Não mereço? Quem não merece? Respondem-me eles. Digo eu agora que talvez quem mereça não mendigue. Resigna-se. Aceita. Mas esses não somos nós seres humanos. Nós, completamente encharcados em egoísmos preversos, mendigamos, sugamos. Egoístas. Animais. Não somos mais que animais. Aliás, atiro que somos os piores dos animais. Os mais selvagens, brutais, nojentos!
Estou cansado. Agora sinto-me mesmo cansado. Exauto. Preciso mesmo deles. Quero-os. Desejo-os com toda a minha força e egoísmo. Veio de repente à minha mente que realmente eu devia ser Deus só por um pouco. Só para ir para os meus lençois. Mas se eu fosse Ele não precisava. Tinha. Antes até de pensar neles, eles já estavam à minha disposição. Sim, porque com Deus deve ser assim. Tudo acontece por antecipação. Não existe vontade por saciar. Não existe pedir, ou mendigar. Tudo já está à disposição. Perfeito. Tão perfeito que até o tempo não mete medo perto Dele. Não que o tempo tenha medo de entrar por aí e desafiar Deus na sua perfeição, mas simplesmente prefere não o fazer. Porquê? Porque não podemos desafiá-lo?
Porque ele pode perder o desafio. Nunca se pode desafiar o mestre. Nunca. Regra n.º1 da fé. Desafiar o Todo-Poderoso. Esqueçam isso. Sobrevivam a esse pensamento de desafiar Deus. Imaginem o monstro do Tempo a desafiar Deus. - Olha, Deus: Vou parar um pouco. O que me dizes? Durante uns dias não trabalho para ti. Nada. Vou parar. Não vão haver mortos a entrar no céu até à semana que vem. Vou tirar umas férias. Imaginem Deus a ser desafiado deste modo. Sem tempo. Tempo para fazer valer a sua vontade. Sem chamar para junto dele aquele que ele bem entender e quando bem entender. Deus entediado. Deus desempregado. Iria ficar stressado? Imaginem só o que o tempo iria arranjar com este desafio. A imoralidade com Deus seria muito grande. Por isso Ele é reconhecido incondicionalmente como o Sr. do Tempo.
Portanto, a nós, resta-nos desafiar o tempo e não ao Tempo desafiar o seu mestre, Deus, pois ele é indesafiável no seu Tempo. Não vá o Diabo tecê-las.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Introdução

Nem sei porque criei este espaço de criatividade imensa, não que isso signifique que se vá escrever aqui alguma coisa que merece ser lida, nem sei porque quero aqui escrever alguma coisa. Tenho vontade de escrever. Só isso. Se alguém ler, pois que leia. Não espero nada com este blog. Nem espero que alguma vez esperem alguma coisa dele, pois irão sair desiludidos intelectualmente. Não sei se é isso que esperam encontrar num espaço destes: ilusão de intelectualidade, mas se for, não voltem mais aqui.

Nwuanda