Dedico certo tempo das minhas horas enquanto estou acordado a pensar sobre a política e alguns dos seus aspectos. Honestamente nem sei porque estou a escrever sobre este tema. Não porque ache que não devemos falar sobre, antes pelo contrário, mas hoje em dia a descredibilização da política e dos seus intervenientes directos é um facto. Quero que saibam que sou complemente apartidário desde que comecei a votar, apesar de uns amigos meus na faculdade me terem inscrito por brincadeira na juventude de um partido. Por este motivo sinto-me perfeitamente à vontade para escrever sobre qualquer um deles sem problemas ou alinhamentos políticos ou partidários.
Digo-vos uma coisa. É extremamente triste a forma como se faz política em Portugal.
Nós merecemos? Pensem um pouco. Merecemos ou não merecemos estes políticos e esta política? Claro que sim.
Na minha modesta opinião porque somos pouco exigentes, pouco educados intelectualmente, isto para parar por aqui. Não quero que vão já para outro site. Porra. Não pensamos um pouco porquê? Estamos demasiado ocupados com a puta da vida. É a mais pura das verdades, mas caramba, a política é só a coisa mais importante na nossa sociedade actual. Acho que é por isso mesmo que nós não lhe damos a atenção devida. Somos burros porque não conseguimos discernir entre aquilo que seria óptimo para todos e aquilo que não presta. Falar verdade. A simples e pura verdade.
O problema é que, como na vida, ninguém diz a verdade na política. Meus amigos. Ninguém! Penso, sim, porque às vezes faço-o, que a maioria não a quer mesmo ouvi-la.
Eu quero.
Foi, ou não, este o intuito dos filósofos gregos. A verdade! Retórica é uma coisa. Mentira outra. Dialéctica outra. Faltar à verdade outra. Ocultar factos em benefício próprio outra. Estão todas, hoje, infelizmente, interligadas na política portuguesa (atrevo-me a dizer por todo o mundo, mas sem pretenciosismos).
As pessoas vivem presas nas mentiras. Dizem alguns - É mais fácil mentir para não magoar. As pessoas não querem a verdade. Querem o que lhes convém num determinado momento. Interesses meu querido. Interesses. - Quando ouço isto fico contente. Afinal o ser humano é egoísta por natureza! Só pode ser. Egoísta quando se trata de defender os seus. Sejam eles família, amigos, camaradas, partidários ou bêbados da "Casa do FCP de Boiadeiras de Baixo" quando se trata do seu vinho que não partilham com mais ninguém.
Resumindo a coisa, quando não voto em branco (para quem não sabe, é extremamente diferente do voto nulo ou da abstenção), o que raramente acontece, eu voto sempre naqueles que dizem menos mentiras. Penso eu que dizem.
Estou à espera que as coisas mudem (para isso estou a escrever) para que eu próprio me dedique a apoiar alguém politicamente e orgulhar-me das gentes do meu país. Sim, porque a política da verdade faz muita falta e neste momento nenhum dos partidos a pratica. Temos de mudar o homem? Temos. Eu digo que sim. Mudar mentalidades. Sermos realmente pelo bem estar dos outros e da comunidade como um todo e não apenas apregoar isso e depois fazermos completamente o oposto.
É nestas alturas que eu gosto de ser medieval e primitivo, pensar que pertenço a outro mundo e mesmo assim, não ter as mãos cheias de frango e a escorrer-me molho picante por elas abaixo.
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