segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O poder da merda

Embalado pelo meu Benfica fico com vontade de escrever umas coisas. A esta hora não sei se conseguirei escrever alguma coisa de jeito. Enfim. Acho que prefiro manter-me acordado que a dormir, não sei porque. O glorioso está bem e recomenda-se, com um timoneiro que parece saber levar o barco a bom porto, salvo seja, mas isso não é motivo suficiente para eu estar feliz. O semblante pesado da distância apresenta-se perante mim todas os dias, a toda a hora. Acho que nem o emplasto é tão aborrecido como esta coisa que pesa em cima de mim. Acompanha-me a todo o lado. Acho que à pouco, quando fui fazer a defeca da ordem também queria entrar. Parei e disse-lhe: - Houve lá! Pensas que isto é assim. Nem a cagar me deixas em paz.
Porra pá. Vai-te lá embora um pouquinho. Olha, senta-te aí à espera que eu saia. Sentadinho., que não quero que te canses.

Foi remédio santo. Caguei em paz. Apenas pensando naquele momento só meu. Só o cóco interessava. Mais nada. O poder da merda é realmente grande. Consegue levar-nos a pensar exclusivamente na força que temos de fazer durante o acto. E o alívio após. Fabuloso. Acho que nem um golo do Saviola me dá tanto prazer. Não pensamos em mais nada.
Quando saí lá estava à minha espera. Olhei-lhe de soslaio e disse-lhe: - Ainda aí tás? És teimoso. Olha és cá dos meus e uma vez que tenho de levar contigo vamos ao menos tentar conviver em tranquilidade. Vá levanta-te e vamos embora!
Até à próxima cagadela.


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