sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A hipócrisia

A governo Sócrates nacionalizou o BPN em nome da credibilidade e da confiança que era necessário manter no sistema financeiro português, quando toda a gente sabe que o sistema financeiro é global e não português, primeiro grande erro. Depois de conseguir colocar a casa em ordem privatiza, porque, quando pode dar lucros já não interessa, segundo erro. É claro que o segundo é consequência do primeiro, esse sim incompreensível, pois subverte o ideal liberal. O mercado deve regular quem têm competências para se manter ou não. Pelos vistos na banca as permissas já não se aplicam da mesma forma. Aí, quando "dá barraca" lá vai o estado ajudar quem leva uma vida desregulada. A mim ninguém me ajuda se eu desregular a minha vida e falir. O estado não vai lá colocar dinheiro na minha conta e gerir o meu orçamento.
Enquanto houve ganhos maravilhosos para todos durante 2004, 2005, 2006 e parte de 2007 era óptimo, toda a gente dos 18 aos 90 a investir na bolsa, não sabiam nem no quê. Dá dinheiro, então bora. Meta lá ai o nosso dinheirinho. Anos a ganhar. Esquecem-se é que depois vem o perder, porque sempre vem o perder e normalmente ninguém ensina como prever. Jogar sem conhecer as regras tem destas coisas. Como o cidadão comum não percebe como os mercados evoluem, não está preparado e afunda.
Para concluir, na minha opinião o BPN e o BPP deviam ter falido mesmo.
Estou com esta lenga-lenga toda porque o estado diz que ajuda mas não ajuda nada as micro e pequenas empresas. Aquelas que são o grande motor do nosso emprego e economia. O acesso aos créditos por estas está complicadíssimo, os spreads são altíssimos e quase impossíveis de comportar. Isto leva ao desinvestimento e consequentemente a modernização fica hipotecada. Enquanto isto os bancos voltaram aos lucros a sério. Mais uns milhões largos, taxados a uma taxa que é metade das empresas comuns. Sinceramente. Não há coragem para "apertar com a banca". A hipócrisia rula neste mundo liberal e esse é que é o problema.

1 comentário:

  1. A mudança do nosso país tem que vir em 1º lugar dos portugueses, todos nós temos que fazer um esforço para que o nosso país recupere e chegue ao cimo do buraco em que se encontra, e não andar em manifestações por exemplo, por causa do congelamento dos salários dos funcionários públicos, prefiro isso do que o aumento dos impostos. Pensem nisso, não podemos pensar só no nosso umbigo, as nossas empresas precisam de aumentar a sua produtividade e competividade para que o PIB de PORTUGAL aumente e para isso todos temos que fazer sacrificios.

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